Indian laborers get free medical attention at a street clinic run by a local NGO Kevin Frayer/Getty Images

Como a corrupção entrava a cobertura universal dos serviços de saúde

ISLAMABAD – Metade do planeta não tem acesso aos serviços de saúde essenciais. Para muitas pessoas, pagar para ter uma consulta médica, obter medicamentos, procurar aconselhamento no âmbito do planeamento familiar ou, inclusivamente, obter vacinação para as doenças comuns é uma escolha entre permanecer saudável ou aumentar a sua pobreza. Além disso, as opções de que as pessoas carenciadas dispõem em termos de cuidados de saúde estão a ser, mais do que nunca, abaladas por um inimigo conhecido.

Em muitos países de rendimento baixo e médio, a corrupção, os gastos inadequados e o desperdício de recursos constituem desafios permanentes para os sistemas de cuidados de saúde. Tendo crescido no Paquistão, pude testemunhar situações de pessoas que se viram forçadas a tomar atitudes extremas para assegurarem os cuidados de saúde. Por exemplo, algumas famílias podiam ver-se forçadas a vender o gado e outros bens valiosos para pagarem contas médicas exorbitantes.

O que é chocante é que o flagelo da pobreza relacionada com a saúde continua a causar vítimas actualmente. De facto, em alguns países, as situações de pessoas que caem na pobreza devido ao elevado custo dos cuidados de saúde são uma realidade diária.

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