bec8750246f86f400946d304_dr2402c.jpg Dean Rohrer

As Ruas de 2012

NOVA IORQUE - Que novidades trará o Ano Novo no que respeita a onda global de protestos que surgiu em 2011? Será que a onda de raiva que começou na Tunísia atingiu o cume em Manhattan, ou será que em 2012 haverá uma escalada da política de dissidência?

As respostas são alarmantes, mas bastante previsíveis: é provável que haja uma centralização muito maior da supressão "top-down" - e uma série de leis em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento que restringem os direitos humanos. Mas também é provável que assistamos a uma reação popular significativa.

Aquilo a que estamos a assistir no drama dos protestos cada vez mais globalizados e da repressão é a agenda subjacente que muitos apoiantes da globalização neoliberal nunca abordaram: o poder do capital global para semear o caos no seio da autoridade de governos democraticamente eleitos. Na perspetiva dos interesses empresariais globais, sociedades fechadas como a China são mais favoráveis às empresas do que as democracias problemáticas, onde os sindicatos, os elevados padrões de proteção dos direitos humanos e a existência de uma imprensa vigorosa aumentam os custos.

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