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Uma oportunidade Africana para a Grã-Bretanha pós-Brexit

LUSACA – Há muito tempo que a reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos é o equivalente do mundo político e empresarial à festa dos Óscares da Vanity Fair: só se entra com convite, e é um sítio para se ser visto. Este ano, porém, também deveria ser um local para o mundo – e, especialmente, para um Reino Unido a caminho do Brexit – reconsiderar a sua abordagem relativamente à África.

Depois de, nos últimos anos, ter enfrentado um crescendo de críticas decorrentes do elitismo percepcionado do evento, o FEM tentou revitalizar Davos como uma plataforma para a inovação e para a acção no sentido do bem comum. O tema deste ano é “Globalização 4.0: Definir uma Arquitectura Global na era da Quarta Revolução Industrial”; o termo “Quarta Revolução Industrial” pode invocar imagens de usinas vitorianas fervilhantes e de comboios a vapor a circular pelos campos ingleses, mas na verdade descreve a revolução económica que ocorre hoje, impelida pela tecnologia e alimentada pela globalização.

A gestão desta transformação será desafiante para todos, mas não existem dúvidas de que um Reino Unido pronto a separar-se da União Europeia enfrentará um grau especialmente elevado de incerteza. À medida que uma Grã-Bretanha pós-Brexit procura o seu lugar no mundo, a atenção sobre a África encerra promessas consideráveis.

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