johnson146_Chip SomodevillaGetty Images_federalreserve Chip Somodevilla/Getty Images

O despertar climático do Fed

WASHINGTON (D.C.) – Em 3 de fevereiro, o Comitê Bancário do Senado realizará audiências de confirmação para três indicados ao Conselho de Presidentes do Federal Reserve: Sarah Bloom Raskin, Lisa Cook e Philip Jefferson. Os três são extremamente bem qualificados, com profunda experiência e conhecimento diversificado que inclui regulamentação bancária, economia internacional e política monetária. (Trabalhei em estreita colaboração com Cook nessas questões na equipe de transição do presidente dos EUA, Joe Biden.)

Uma questão que com certeza ganhará manchetes é até que ponto o Fed deve se preocupar com os riscos postos ao sistema financeiro pelas mudanças climáticas. O presidente do Fed, Jay Powell, disse várias vezes que esses riscos devem ser levados a sério. As declarações dele nesse sentido em geral não atraíram controvérsia ou retórica afiada de políticos de ambos os lados do espectro. Nomear Raskin, um regulador experiente, como vice-presidente de supervisão é uma boa maneira de apoiar Powell nessas questões.

O Congresso criou o cargo de vice-presidente na lei da reforma financeira do Dodd-Frank de 2010. A implantação foi uma resposta direta às falhas regulatórias percebidas e reais – em particular, a incapacidade de ver o quadro geral de risco sistêmico no período anterior à devastadora crise financeira global que explodiu em setembro de 2008. O Fed, ainda que não seja o único órgão regulador financeiro, é extremamente influente, e costuma moldar como outras autoridades e investidores do setor privado pensam sobre riscos.

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