soule1_EricLafforgueArtInAllOfUsCorbisviaGettyImages_tribemanwalkingstick Eric Lafforgue/Art In All Of Us/Corbis via Getty Images

Repor a verdade sobre as migrações africanas

ABIDJAN – Nos últimos anos, as imagens de jovens africanos que tentam alcançar a Europa, por vezes pelos percursos mais ousados e desesperados, tornaram-se correntes nos canais noticiosos globais e nacionais. Políticos cínicos na Europa e nos Estados Unidos afirmaram, com o objectivo de ganhar votos, que estes imigrantes (homens, na sua maioria) estão a “invadir” os seus países, ameaçando roubar os empregos das pessoas locais, ou pior.

Nada podia estar mais longe da verdade. Como nos foi recordado durante o 2019 Mo Ibrahim Foundation Governance Weekend, não existe, com efeito, qualquer êxodo em massa proveniente de África.

Em 2017, mais de 50% dos migrantes mundiais provinha de apenas 21 países. Os quatro principais foram a Índia (6,4%), o México (5%), a Rússia (4.1%) e a China (3,9%). O país africano responsável pela maior quota de migrantes, o Egipto, classificou-se em 19º.

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