Liberia's president-elect and former football star George Weah ISSOUF SANOGO/AFP/Getty Images

Legado Presidencial da Libéria

DALLAS – No mês passado os liberianos testemunharam algo notável: uma transferência pacífica de poder no seu país. Após 12 anos de mandato, Ellen Johnson Sirleaf deixou o cargo de presidente e a antiga estrela de futebol George Weah tomou posse. Foi a primeira vez desde 1944 que um líder democraticamente eleito abriu voluntariamente caminho para outro.

É certo que umas eleições bem geridas não garantes uma democracia estável. Contudo, numa região frequentemente associada agolpes de estado e a governos autoritários, o progresso da Libéria é digno de celebração, na medida em que pode ajudar a estabelecer as bases para um futuro melhor e mais democrático. Num momento em que o governo representativo da Libéria entra numa nova fase de maturidade, vale a pena reflectir sobre como o país chegou a este ponto.

Em 2005, quando Sirleaf foi eleita, a Libéria encontrava-se numa situação caótica, após 25 anos de guerra civil e ditadura. Poucos previram que Sirleaf, a primeira mulher africana a ser democraticamente eleita como Chefe de Estado, seria capaz de encaminhar o seu país para um rumo melhor. No entanto, apesar do seu mandato não ter sido isento de desafios – a crise do Ébola, a corrupção endémica e as dificuldades orçamentais – foi exactamente o que ela fez.

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