zhang64_STRAFP via Getty Images_china STRAFP via Getty Images

A economia da China atingiu seu ápice?

XANGAI – A narrativa de que a economia da China está se aproximando de seu pico – ou que  já o tenha atingido – tomou conta dos meios de comunicação ocidentais. Mas se lermos atentamente as análises dos pessimistas, descobriremos que muitas das razões que eles apresentam para as suas avaliações sombrias não são novas. Pelo contrário, tendem a realçar precisamente os mesmos desafios que economistas e comentaristas têm insistido há pelo menos uma década ou mais. Se a China não estava fraquejando, então, porque é que deveríamos acreditar que está agora?

Obviamente, o contexto global mudou. Talvez o mais importante seja o fato de a narrativa predominante sobre a China ter-se tornado muito negativa, e o Ocidente é agora muito mais hostil em relação a ela do que era há dez ou mesmo cinco anos. Com os Estados Unidos trabalhando mais arduamente do que nunca para conter o país, as exportações diretas da China para os EUA têm caído.

Mesmo assim, a “dissociação” das duas maiores economias do mundo é provavelmente exagerada. Um recente estudoda economista Caroline Freund, da Universidade da Califórnia em San Diego, e de seus colegas, mostra que os EUA e a China estão de fato reduzindo o seu envolvimento em algumas áreas. Por exemplo, o crescimento das importações dos EUA provenientes da China ficou muito atrás do crescimento das importações dos EUA de outros países para produtos sujeitos a tarifas dos EUA.

https://prosyn.org/vjERV0fpt