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A economia americana está em alta, então, por que Biden está em baixa?

BERKELEY – O presidente dos EUA, Joe Biden, e sua equipe recebem pouco crédito por sua condução da economia americana. Ciente de que a eleição presidencial de 2024, como a maioria, focará em condições econômicas, ou percepções de condições econômicas, o presidente se apressou a vender o próprio peixe, repetindo seu mantra de que “a Bidenomics está funcionando.  Porém, embora a Bideomics possa estar funcionando, a mensagem não está. Uma pesquisa CBS/YouGov realizada entre 26 e 28 de julho deu a Biden um índice de meros 34% de aprovação na economia.

A explicação para essa impressão negativa é simples: inflação. Com razão, as pessoas percebem a inflação como um imposto sobre sua renda. Quando o desemprego está baixo e elas têm sucesso em conseguir emprego, atribuem sua boa sorte a seu empenho e iniciativa individual, e não à gestão da economia feita pelo governo. Contudo, quando se veem diante de preços mais caros no mercado ou no posto de gasolina, elas veem isso – não sem motivo – como culpa de outra pessoa.

A pergunta, claro, é que pessoa. E essa pergunta é complicada pelo fato de que o surto recente de inflação da América teve causas múltiplas. Isso não tira o problema das costas do governo Biden. O Plano de Resgate Americano, o pacote de incentivo de US$ 1,9 trilhão anunciado em 20 de janeiro de 2021, primeiro dia do presidente no cargo, ofereceu apoio vigoroso aos gastos.

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