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Argentina e como evitar uma catástrofe financeira mundial

NOVA IORQUE –Quando um único carro derrapa numa estrada com gelo, o resultado pode ser um acidente com 50 carros. O mesmo acontece com os mercados financeiros internacionais: a inadimplência do México, em 1982, levou a um choque em cadeia de dezenas de países; a desvalorização da Tailândia, em julho de 1997, originou a crise financeira asiática; a falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008, detonou a Grande Recessão em todo o mundo.

Os financiadores internacionais deveriam saber melhor do que ninguém como não iniciar o colapso de 2020 causado pela COVID-19. A sua sabedoria será testada em breve.

Mesmo antes de a COVID-19 atirar a economia mundial para a pior crise desde a Grande Depressão, já a Argentina estava em dificuldades com o endividamento, mais uma vez. Como tantas vezes aconteceu na história da Argentina conduzida pela inadimplência, um acordo mal planeado com credores recalcitrantes em 2016, seguido de um rápido regresso aos mercados de títulos, provou ser uma ilusão tanto para o então presidente da Argentina como para os credores do país.

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