kuleba1_DIMITAR DILKOFFAFP via Getty Images_ukrainewar Dimitar Dilkoff/AFP via Getty Images

A Europa e o mundo precisam que a Ucrânia vença

KIEV - O dia 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia marchou com centenas de milhares de tropas para a Ucrânia, marcou o início de um grande terramoto geopolítico. Durante dois anos, a Europa tem vivido com a triste realidade da maior guerra de agressão do continente desde a Segunda Guerra Mundial, e com atrocidades horríveis e generalizadas.

A atuação da Rússia é um exemplo clássico de agressão imperial e colonial ao estilo do século XIX. A Ucrânia está a sofrer o que muitos outros países sofreram cruelmente no passado. Para a Rússia, esta guerra nunca esteve relacionada com a neutralidade da Ucrânia, o alargamento da NATO, a proteção da população russófona ou quaisquer outros pretextos fabricados.

O Presidente russo, Vladimir Putin, tem afirmado repetidamente que a Ucrânia não existe como nação e que a identidade ucraniana é artificial. A guerra tem como único objetivo a aniquilação de um país independente, a conquista de território e o restabelecimento do domínio sobre um povo que decidiu ser dono do seu próprio destino. A ambição imperial da Rússia é, sem dúvida, familiar a muitas nações em todo o mundo que estiveram anteriormente sujeitas ao domínio colonial e à opressão.

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