johnson175_ Alexander ManzyukAnadolu Agency via Getty Images_russian oil Alexander Manzyuk/Anadolu Agency via Getty Images

O revisionismo russo e as fontes da fraqueza ocidental

WASHINGTON (D.C.)/KIEV – A invasão total da Ucrânia pela Rússia no final de fevereiro de 2022 marcou o início de uma nova época geopolítica. Após o fim da Guerra Fria em 1989-91, o amplo consenso era que os países europeus não se invadiriam mais. Muitas guerras ao longo de vários séculos mostraram que promover o comércio e o investimento é um jeito muito melhor de construir e sustentar a prosperidade. Ao lançar uma guerra de agressão, a Rússia violou descaradamente esse entendimento, matando e ferindo dezenas de milhares de civis no processo.

A Rússia é enorme em termos geográficos, mas sua economia é pequena em relação às do Ocidente, com seu PIB totalizando apenas US$ 2 trilhões, em comparação com mais de US$ 27 trilhões dos EUA e quase US$ 20 trilhões da União Europeia. Incluindo o Reino Unido, Japão, Canadá e Austrália, a economia russa é talvez um trigésimo do tamanho das economias que proclamam forte apoio à Ucrânia (US$ 2 trilhões contra US$ 60 trilhões). Além disso, a Rússia se beneficiou muito de suas ligações comerciais e de investimento com a Europa e outras democracias industriais nas últimas décadas.

Sendo assim, por que as sanções econômicas ocidentais se mostraram incapazes de impedir a agressão ilegal da Rússia? O que pode ser feito para torná-las mais eficazes, se é que algo pode ser feito?

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