pa3818c.jpg Paul Lachine

De Volta ao Arco da Crise

NOVA DELI - Há trinta e três anos atrás, o então Conselheiro de Segurança Nacional norte-americano Zbigniew Brzezinski falou de um "arco de crise" que atravessava o Médio Oriente em direcção à Ásia Central. Hoje, os acontecimentos na Síria e no Paquistão, bem como os recentes atentados em Banguecoque e Nova Deli, que algumas pessoas consideram ligados ao irão, sugerem que o arco de Brzezinski está mais saliente do que nunca.

Entre os muitos perigos à espreita hoje ao longo deste arco, o mais ameaçador diz respeito à resposta de Israel e dos Estados Unidos à questão de quando é que as instalações nucleares do Irão se vão tornar inexpugnáveis, criando, nas palavras do ministro da defesa israelita, Ehud Barak, uma "zona de imunidade." Alguns pensam que este ponto já foi alcançado, com o Irão a colocar o seu urânio enriquecido num subterrâneo, próximo da cidade sagrada de Qom, sob muitas camadas de granito - e portanto, para além do poder destrutivo de tudo o que não seja uma bomba nuclear.

Os falcões israelitas argumentam que o momento de atacar é agora, antes que o Irão consiga construir uma arma nuclear totalmente operacional. Calma, advertem os EUA: as sanções podem ainda atingir o seu objectivo. Tais diferenças são reais, com o secretário da defesa dos EUA, Leon Panetta a manifestar a preocupação de que Israel possa lançar um ataque ao Irão na Primavera.

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