Álvaro de Vasconcelos is Director of Projects for the Arab Reform Initiative (ARI), a consortium of 16 think tanks in the Arab world and the West, and coordinator of the Global Governance Group (GG 10). He was formerly Director of the European Union Institute for Security Studies, Paris, and the Institute of Strategic and International Studies (IEEI) in Lisbon.
PORTO – O golpe militar que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito do Egipto e que levou à detenção de líderes da Irmandade Muçulmana em todo o país representa um perigo enorme não apenas para a transição democrática do Egipto, mas também para as esperanças democráticas de todo o mundo Árabe.
O facto de o golpe ter sido executado com enorme apoio popular é um sinal das enormes dificuldades enfrentadas pela Irmandade Muçulmana durante a sua primeira experiência no poder. O governo do Presidente Mohamed Morsi lutou para enfrentar as crises económicas e sociais herdadas pelo Egipto após as enormes expectativas públicas criadas pela revolução de 2011, cujos protagonistas procuravam não apenas a liberdade, mas também o desenvolvimento económico e a justiça social.
Claro que a Irmandade Muçulmana foi também vítima dos seus próprios erros, especialmente do falhanço de Morsi e do seu governo em chegar à oposição laica, que contribuiu para a sua eleição. O governo de Morsi não pareceu capaz de entender que uma ténue maioria eleitoral não é suficiente, especialmente hoje em dia.
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