yu69_FREDERIC J. BROWNAFP via Getty Images_renminbi FREDERIC J. BROWN/AFP via Getty Images

O desafio da taxa de câmbio da China

PEQUIM – O valor do renminbi costumava ter forte presença nos debates sobre os desequilíbrios globais. Embora estrangeiros o considerassem subvalorizado e pedissem valorização, o Banco Popular da China (PBOC) insistia em manter a paridade de fato da moeda com o dólar americano. Nos últimos anos, no entanto, as preocupações da China de que sua moeda se valorizasse demais foram substituídas por temores de uma forte desvalorização.

Embora a China tenha sustentado seu superávit em conta corrente, as saídas de capital têm colocado a taxa de câmbio sob frequente pressão baixista desde 2015. As fontes da pressão podem ser divididas em três grandes categorias, com base nos impulsionadores das saídas: deterioração das condições econômicas domésticas, fatores não econômicos e arbitragem.

Em 2015, enquanto os preços das ações despencavam e levavam a meses de turbulência no mercado, e o crescimento do PIB perdia seu ímpeto, o PBOC introduziu uma nova regra para definir a taxa de paridade central do renminbi em relação ao dólar americano para tornar a taxa de câmbio do renminbi mais flexível. Embora estivesse correta em si, a medida desencadeou um súbito aumento nas expectativas de depreciação do renminbi. Com isso, o capital começou a sair da China – e continuou a fazê-lo até o final de 2016. Para sustentar o renminbi, o PBOC queimou cerca de US$ 1 trilhão em reservas cambiais durante esse período.

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