NOVA IORQUE – Em 2020, estima-se que cerca de 287 mil mulheres perderam a vida durante a gravidez, o parto ou logo após o parto, de acordo com os dados mais recentes do Grupo Interagências de Estimativa da Mortalidade Materna das Nações Unidas, que inclui o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), onde exerço o cargo de diretora-executiva. Este número é aproximadamente equivalente ao número de mortos no tsunami no Oceano Índico de 2004 ou no terramoto de 2010 no Haiti, dois dos desastres naturais mais mortíferos da história moderna.
A devastação humana numa escala desta dimensão é, geralmente, recebida com semanas de cobertura de notícias, manifestações públicas de apoio e pedidos de ações urgentes. No entanto, o número impressionante de mulheres que morrem todos os anos quando estão a dar à luz continua a ser, em grande medida, uma crise silenciosa. E o mais preocupante é que o grupo descobriu que o progresso na redução das mortes maternas está num impasse.
Quantos de nós conhece alguém que morreu, ou quase morreu, durante a gravidez ou o parto? Talvez o sofrimento “entranhado” seja parte do problema – pode parecer que as mortes maternas são inevitáveis. No entanto, a grande maioria pode ser evitada com intervenções simples que economizam dinheiro a longo prazo.
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Quantos de nós conhece alguém que morreu, ou quase morreu, durante a gravidez ou o parto? Talvez o sofrimento “entranhado” seja parte do problema – pode parecer que as mortes maternas são inevitáveis. No entanto, a grande maioria pode ser evitada com intervenções simples que economizam dinheiro a longo prazo.
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