Josh Friedman, a Pulitzer-Prize winning journalist, was Chair of the Committee to Protect Journalists and Director of International Programs at the Columbia University Graduate School of Journalism. He now chairs the Logan Nonfiction Program advisory board, sits on the advisory board of the Dart Center on Journalism and Trauma, and serves as Vice-Chair at the Carey Institute for Global Good.
NOVA IORQUE –Numa viagem à Etiópia, na década de 1990, encontrei-me com o primeiro-ministro, Meles Zenawi, para tentar persuadi-lo a deixar de encarcerar jornalistas. Alguns anos antes, os guerrilheiros de Meles derrubaram uma ditadura repressiva apoiada pelos soviéticos e desde então houve uma explosão de pequenos jornais exuberantes e às vezes imprevisíveis, muitos deles a atacar Meles. E por isso ele reprimiu, introduziu leis que criminalizavam aquilo que ele considerava “insultos” ao governo, e multou e aprisionou jornalistas por imprecisões. A Etiópia rapidamente tornou-se um dos principais carcereiros de jornalistas do mundo.
Agora, com um novo primeiro-ministro reformista, Abiy Ahmed, no cargo há apenas um ano, a Etiópia fez tantos progressos na libertação de jornalistas presos e no controlo da imprensa que acolhe o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Mas não vamos celebrar ainda. Algumas vozes da imprensa recém-libertada estão a publicar histórias que por vezes são imprecisas - que estimulam inimizades étnicas e tribais e atacam Abiy. Com as primeiras eleições livres, num espaço de 15 anos, a terem lugar no próximo ano, ele está na mesma posição que Meles estava e está a considerar recuperar alguns dos controlos de imprensa que tinha cancelado.
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