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A Rota da Seda de Putin ao redor das sanções

WASHINGTON (D.C.) – Durante cerca de 1.500 anos, bens de alto valor foram transferidos da China (e talvez de outras partes da Ásia) para a Europa e o Oriente Médio através da Rota da Seda. A rota exata foi variando ao longo do tempo, mas sempre percorreu e envolveu comerciantes locais em partes do que chamamos hoje de Ásia Central.

Hoje, o comércio através da Ásia Central está movimentado de novo, com o Cáucaso também entrando na dança. Mas agora o boom está nas mercadorias que se deslocam dos Estados Unidos, Japão, Europa Ocidental e China para a Rússia, através de países como Armênia, Geórgia e Quirguistão.

As democracias do G7 estão bastante cientes de que esse comércio fortalece o regime do presidente russo Vladimir Putin e facilita para ele sustentar sua brutal guerra de agressão na Ucrânia. Mas os governos desses países têm feito pouco para detê-lo por medo de incomodar os interesses industriais domésticos. Como resultado, as principais democracias do mundo – ajudadas e incentivadas por países intermediários – na prática estão apoiando a capacidade da Rússia de matar ucranianos. O G7 e a União Europeia precisam fortalecer seus controles de exportação e garantir uma aplicação significativa.

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