Manter a Frieza no Calor Nuclear

CAMBERRA – Talvez seja ir longe demais dizer, como fez alguém depois do derrame de petróleo no Golfo do México há dois anos atrás, que a maioria dos Americanos quer um presidente que seja frio, calmo, e contido numa crise – excepto quando há uma crise. Mas de todas as acusações feitas ao Presidente Barack Obama pelos seus opositores políticos domésticos, a mais dificil de aceitar para quem está de fora é que ele é demasiado desligado emocionalmente: todo neurónios e sem glóbulos vermelhos.

Evidentemente que na política externa e de defesa, uma resposta fria e ponderada às provocações extremas que são naturais nesse contexto é o que o mundo pretende, e necessita, do líder da sua superpotência reinante. Em parte alguma é essa necessidade maior que nos casos da Coreia do Norte e do Irão, devido ao potencial destrutivo das armas que possuem ou que possam estar a desenvolver.

Com a Coreia do Norte, as provocações continuam a chegar em catadupa. São alcançados entendimentos, apenas para serem imediatamente quebrados, como o acordo que o Norte celebrou em Fevereiro, por troca de ajuda alimentar dos EUA, de aceitar os inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica, de suspender o enriquecimento de urânio, e de interromper os testes de armas e mísseis. Em pouco mais de um mês, é lançado um “foguete para lançamento de satélites”, mesmo que falhando espectacularmente, e tudo é outra vez possível.

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