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A China intensifica a sua repressão sobre Hong Kong

LONDRES – Há algumas semanas, fui convidado por várias igrejas, em Oxford e nos seus arredores, para participar numa reunião de um dia, organizada para acolher na zona alguns imigrantes oriundos de Hong Kong e as suas respectivas famílias. Quase todos os participantes beneficiaram do regime de vistos criado pelo Reino Unido em 2021, que permite aos residentes de Hong Kong solicitarem refúgio perante a crescente repressão e mudarem-se para o Reino Unido, e que lhes proporciona um caminho para a cidadania britânica. Muitos já se tinham instalado e estavam a contribuir activamente para as suas novas comunidades.

As habilitações profissionais de muitos destes expatriados transformam-nos em membros altamente valiosos da sociedade britânica. Muitos também demonstraram competências extraordinárias de empreendedorismo e ambição aguerrida. Um aluno observou que muitos dos lugares cimeiros no quadro de honra da sua escola eram agora ocupados por novos alunos de Hong Kong. Aparentemente, a fuga de cérebros de Hong Kong traduz-se num ganho de cérebros para a Grã-Bretanha.

É improvável que exista alguém no actual governo de Hong Kong que compreenda o motivo subjacente a esta fuga. Mas este é o resultado inevitável do esforço do Partido Comunista Chinês (PCC) para controlar Hong Kong sem os contributos dos seus residentes.

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