modonnell1_Paula BronsteinGetty Images_indiachildcare Paula Bronstein/Getty Images

Encerrar a lacuna mundial nos cuidados infantis

WASHINGTON, DC – Quando os confinamentos derivados da COVID-19 começaram, a importância de haver infantários acessíveis de repente tornou-se muito mais clara para muitas mais pessoas, principalmente para as mulheres que exercem uma profissão. No ano passado, as mulheres gastaram três vezes mais horas do que os homens a prestar cuidados adicionais não remunerados, perdendo cerca de 800 mil milhões de dólares em rendimentos como consequência. A disparidade de género na oferta de infantários é ainda maior em países de baixo e médio rendimento. Na Índia, por exemplo, as mulheres prestaram dez vezes mais cuidados não remunerados aos filhos do que os homens.

Desde o início da pandemia, os países mais ricos do mundo têm procurado fortalecer as suas infraestruturas internas de cuidados infantis e ampliar o acesso. Mas se esses países quiserem realmente melhorar as perspetivas económicas para as mulheres em todo o mundo, terão também de investir em programas de cuidados infantis no estrangeiro.

Mesmo antes da pandemia, os cuidados infantis de qualidade eram amplamente acessíveis em muitos países de alto rendimento. O Canadá dá subsídios mensais consideráveis ​​às famílias para subsidiar o custo. A Islândia oferece o ensino pré-escolar universal e a Dinamarca permite que os novos pais reduzam as suas horas de trabalho, mantendo os seus empregos, salários, assistência médica e outros benefícios. Os pais suecos têm direito a uma licença combinada de 480 dias com cerca de 80% do salário, que pode ser usada em qualquer momento até ao oitavo aniversário da criança.

https://prosyn.org/W9AIffmpt