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Os falsos orçamentos dos intransigentes do GOP

CAMBRIDGE – Uma das principais prioridades do presidente dos EUA, Joe Biden, é revigorar uma economia que – a julgar pelos últimos números de empregos – parecia estar a desacelerar no início de 2021. Mesmo que a COVID-19 diminua durante o ano e a procura reprimida do consumidor entre em ação, os Estados Unidos enfrentam desafios imediatos em áreas como educação, investimento em infraestruturas, finanças estaduais e locais e, principalmente, na luta contra a própria pandemia.

Por conseguinte, Biden anunciou um “Plano de Resgate Americanode 1,9 biliões de dólares. Além disso, ele fez uma coisa rara entre os candidatos presidenciais bem-sucedidos dos EUA ao declarar honestamente durante a campanha que as suas despesas continuariam a recente tendência de défices orçamentais históricos, apesar dos seus planos de aumentar também os impostos sobre os ricos. A maioria dos economistas aprova esta expansão fiscal, à luz do desemprego ainda alto nos Estados Unidos, da inflação baixa e das taxas de juro muito baixas.

Mas, com Donald Trump fora da Casa Branca, muitos republicanos estão repentinamente a redescobrir os perigos dos défices orçamentais, após quatro anos de indiferença conspícua. Isto era totalmente previsível: nos últimos 45 anos, o Partido Republicano (GOP - Grand Old Party) fez a mesma coisa sempre que um democrata ocupou a presidência, e só nessa situação.

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