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Dívida e disfunção na América

WASHINGTON (D.C.) – Será que a política americana é tão disfuncional que o governo dos Estados Unidos sequer consegue pagar suas contas a tempo? Essa é a questão central por trás do mais recente drama sobre o teto da dívida que se desenrola em Washington. Até agora, os esforços para aumentar o limite de endividamento do país sugerem que a resposta poderia muito bem ser que sim.

O primeiro sinal de disfunção é que as autoridades eleitas mal começaram a falar umas com as outras. Os EUA estão se aproximando de um calote catastrófico no próximo mês, e ainda assim o presidente, Joe Biden, o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e outras lideranças do Congresso não se reuniram para discutir a situação até 9 de maio, e uma segunda reunião, marcada para 12 de maio, foi adiada.

A recusa de Biden em negociar foi outro motivo de preocupação. Ele quer que o Congresso aumente o teto da dívida sem quaisquer condições de acompanhamento, incluindo cortes nos gastos federais. Embora Biden possa ter razão quanto ao mérito, o sistema de governo dos EUA nem sempre resolve os litígios com base em quem tem razão quanto ao mérito.

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