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A fuga de cérebros na era Trump

WASHINGTON, DC – As universidades de elevada qualidade dos Estados Unidos da América estão entre as principais fontes de grandeza do país. Todos os anos, os melhores alunos de todo o mundo disputam o acesso a programas de graduação e pós-graduação nos EUA, e as universidades americanas ocupam a maioria dos primeiros lugares nas classificações mundiais. Além disso, a investigação básica realizada nas universidades dos EUA tem sido um fator primordial de inovação e crescimento económico, bem como a fonte de uma percentagem desproporcionada de prémios Nobel.

As universidades americanas atendem a uma ampla variedade de estudantes, investigadores e outros atores económicos. As melhores universidades na área da investigação atraem não apenas os melhores e mais brilhantes estudantes, mas também grupos de empresas de alta tecnologia, como as que estão em Silicon Valley e em Boston. Simultaneamente, universidades públicas e privadas em todo o país oferecem excelentes programas para cursos de quatro anos. E as faculdades comunitárias oferecem formação vocacional, bem como um caminho para um curso de quatro anos a um vasto número de outros diplomados do ensino secundário.

Com a concorrência entre instituições públicas e privadas a garantir um elevado nível de excelência em todos os domínios, o ensino superior nos EUA tem sido um dos principais setores de exportação. Segundo Catherine Rampell, do Washington Post, “o número de exportações do setor educativo dos EUA é igual ao número das suas exportações de soja, carvão e gás natural juntas”. Com três vezes mais estudantes estrangeiros a estudar nos EUA do que americanos a estudar no estrangeiro, o setor do ensino superior dos EUA contribuiu com um excedente líquido de cerca de 34 mil milhões de dólares para a conta corrente dos EUA, em 2017.

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