johnson134_VALERIE MACONAFP via Getty Images_covid testing Valerie Macon/AFP via Getty Images

Vacinação não é o suficiente

WASHINGTON, D.C. – Na próxima etapa do combate à covid-19, será que podemos confiar só nas vacinas? Embora a imunização nos Estados Unidos e em alguns outros países esteja começando a ganhar corpo, na maioria dos países ela sequer começou. Enquanto isso, novas variantes do coronavírus que estão afetando outras partes do mundo também têm aparecido nos EUA – e há sinais de que as vacinas existentes podem ser menos eficazes contra algumas delas.

Felizmente, podemos nos aproveitar de outro avanço encorajador que vem recebendo relativamente menos atenção. Em locais que estabeleceram testes frequentes para detectar covid-19 – em universidades, escolas e outros locais em que todo mundo é testado ao menos uma vez por semana –, os dados dos últimos seis meses sugerem que os índices de infecção podem ficar em menos de 0,5% (um caso positivo a cada 200 pessoas testadas por semana).

Isto é significativo, porque muitos destes programas operam em regiões onde, pelas estatísticas oficiais, o índice de positividade relatado na comunidade ao redor é muito maior – até 10% em alguns casos (dez casos positivos a cada 100 pessoas testadas por semana). Isto é verdadeiro, por exemplo, nas escolas públicas de  Watertown (Massachusetts)e da cidade de Nova York. Mesmo nos locais em que a infecção está aumentando, pode-se limitar a transmissão em ambientes como as escolas. Se este baixo índice de infecção é de fato possível em geral, e se os procedimentos operacionais que tornam possível a testagem frequente forem escaláveis, nós podemos operar escolas, creches e muitos outros locais de trabalho de modo muito mais seguro – durante e até mesmo após a aplicação da vacina.

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