f5e7df0346f86f380e52fc1b_jk5.jpg Jon Krause

"Terroristas" em Casa

NOVA IORQUE - Na semana passada, apresentei um depoimento de apoio a um processo importante movido pelo repórter Chris Hedges e outros, incluindo Daniel Ellsberg e Noam Chomsky, contra o presidente dos EUA, Barack Obama e o seu secretário de Defesa, Leon Panetta.

O processo visa impedir a implementação da nova e horrenda Lei de Autorização de Defesa Nacional, também conhecida como "Homeland Battlefield Bill”, que Obama aprovou em Dezembro. Como resultado, a "guerra ao terror" do governo dos Estados Unidos bateu-nos à porta: qualquer americano pode agora ser detido indefinidamente, sem acusação ou julgamento, em qualquer lugar, em qualquer momento, para sempre.

Como Hedges escreveu recentemente numa explicação arrepiante da razão pela qual moveu o processo, as frases cruciais da Lei de Autorização de Defesa Nacional são "substancialmente apoiada" "e" forças associadas”. Estas duas frases, argumenta, permitem ao governo expandir a definição de terrorismo para nela incluir grupos que não estiveram envolvidos nos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001 e que podiam mesmo nem sequer existir quando os referidos ataques aconteceram. Segundo Hedges, “a lei pode ser usada para deter pessoas que não são membros de organizações terroristas, mas que tenham fornecido, nos termos do projecto de lei, apoio substancial até mesmo a forças associadas”.

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