elbadawi1_OZAN KOSEAFP via Getty Images_sudanprotestflagsunset Ozan Kose/AFP via Getty Images

Um apelo pelo futuro do Sudão

CARTUM – No dia 19 de dezembro de 2018, protestos pacíficos irromperam espontaneamente nas cidades do Sudão. Apenas quatro meses depois, os corajosos manifestantes conseguiram derrubar o regime despótico de Omar al-Bashir, que governava o país há 30 anos. Notavelmente, foram os grupos sociais mais oprimidos do Sudão – mulheres, jovens e minorias étnicas – que assumiram a dianteira.

Em agosto, a sociedade civil sudanesa e os líderes militares assinaram o Projeto de Declaração Constitucional. Este acordo de partilha de poder abriu o caminho para a formação de um governo de transição que servirá durante três anos e três meses, momento em que o Sudão realizará eleições democráticas.

O novo governo inclui a primeira chefe de justiça do país, dois membros do Conselho de Soberania do sexo feminino e a primeira ministra dos Negócios Estrangeiros (uma das quatro mulheres no gabinete). Também inclui vários tecnocratas – em particular o primeiro-ministro – que trabalharam para organizações internacionais.

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