Barry Eichengreen, Professor of Economics and Political Science at the University of California, Berkeley, is a former senior policy adviser at the International Monetary Fund. He is the author of many books, including In Defense of Public Debt (Oxford University Press, 2021).
BERKELEY - Quando os Estados Unidos e seus parceiros do G7 impuseram sanções ao banco central da Rússia e proibiram as instituições financeiras ocidentais de fazer negócios com contrapartes russas, comentaristas alertaram para mudanças de longo alcance na ordem monetária e financeira global. Outros países viram essas sanções como mais um passo no “armamento” das finanças do Ocidente. Temendo que também eles possam ser alvo de sanções um dia, governos e bancos centrais reduziriam sua dependência do dólar, dos bancos dos EUA e da Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (Sociedade para a Telecomunicação Financeira Interbancária Mundial - SWIFT, na sigla em inglês), dominada pelos EUA.
A China seria o principal beneficiário, prosseguiram estas previsões. Até agora, a China tem procurado se manter alheia à disputa entre a Rússia e o Ocidente. O país asiático tem um grande sistema bancário. Criou um sistema de pagamentos interbancários transfronteiriços para facilitar a liquidação de renminbi e fornecer uma alternativa ao Fedwire e ao Sistema de Pagamentos Interbancários Casa de Compensação(Clearing House Interbank Payments System - CHIPS), por meio dos quais pagamentos em dólares são feitos.
A Rússia já aceita renminbi no pagamento total de 14% das suas exportações. Seu fundo soberano detém US$ 45 bilhões em títulos e depósitos em renminbi, e as empresas russas emitiram US$ 7 bilhões em títulos denominados em renminbi no ano passado.
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