LIUBLIANA – Voam rumores na Rússia relativos a manobras veladas sobre quem substituirá o Presidente Vladimir Putin, uma vez que a sua guerra de agressão na Ucrânia falhou de forma tão desastrosa. Uma luta desta natureza não pode deixar de expor as patologias mórbidas da política russa. Os principais intervenientes não são partidos políticos organizados, mas antes bandos de oligarcas que presidem aos vários nodos informais do poder.
Isto explica porque é que a força militar da Rússia mais eficaz na linha da frente com a Ucrânia, o mercenário Grupo Wagner, nem sequer faz parte do exército russo. A Rússia é hoje uma terra de senhores da guerra, algo que normalmente se associa a estados-pária e estados falhados. Os seus líderes actuais e aspirantes estão a traficar sonhos febris de glória no campo de batalha. Está implícita nesta cultura marcial uma perspectiva Hobbesiana da vida como solitária, pobre, desagradável, brutal e curta – e com um valor cada vez menor.
A ascensão dos exércitos privados na Rússia e nas suas cercanias originou alguns desenvolvimentos genuinamente divertidos. Por exemplo, no ano passado, antigos membros das forças armadas dos EUA e de outros países ocidentais organizaram uma unidade militar de voluntários para combater pelo lado ucraniano. Com uma ironia perfeita, denominam-se Grupo Mozart – uma resposta directa aos mercenários do Wagner (já que ambos têm nomes de compositores alemães). Só podemos esperar que bombardeiem as posições do exército russo com armas mais potentes que Mozartkugeln de chocolate (NdT: bombom de origem austríaca).
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Rather than seeing themselves as the arbiters of divine precepts, Supreme Court justices after World War II generally understood that constitutional jurisprudence must respond to the realities of the day. Yet today's conservatives have seized on the legacy of one of the few justices who did not.
considers the complicated legacy of a progressive jurist whom conservatives now champion.
In October 2022, Chileans elected a far-left constitutional convention which produced a text so bizarrely radical that nearly two-thirds of voters rejected it. Now Chileans have elected a new Constitutional Council and put a far-right party in the driver’s seat.
blames Chilean President Gabriel Boric's coalition for the rapid rise of far right populist José Antonio Kast.
LIUBLIANA – Voam rumores na Rússia relativos a manobras veladas sobre quem substituirá o Presidente Vladimir Putin, uma vez que a sua guerra de agressão na Ucrânia falhou de forma tão desastrosa. Uma luta desta natureza não pode deixar de expor as patologias mórbidas da política russa. Os principais intervenientes não são partidos políticos organizados, mas antes bandos de oligarcas que presidem aos vários nodos informais do poder.
Isto explica porque é que a força militar da Rússia mais eficaz na linha da frente com a Ucrânia, o mercenário Grupo Wagner, nem sequer faz parte do exército russo. A Rússia é hoje uma terra de senhores da guerra, algo que normalmente se associa a estados-pária e estados falhados. Os seus líderes actuais e aspirantes estão a traficar sonhos febris de glória no campo de batalha. Está implícita nesta cultura marcial uma perspectiva Hobbesiana da vida como solitária, pobre, desagradável, brutal e curta – e com um valor cada vez menor.
A ascensão dos exércitos privados na Rússia e nas suas cercanias originou alguns desenvolvimentos genuinamente divertidos. Por exemplo, no ano passado, antigos membros das forças armadas dos EUA e de outros países ocidentais organizaram uma unidade militar de voluntários para combater pelo lado ucraniano. Com uma ironia perfeita, denominam-se Grupo Mozart – uma resposta directa aos mercenários do Wagner (já que ambos têm nomes de compositores alemães). Só podemos esperar que bombardeiem as posições do exército russo com armas mais potentes que Mozartkugeln de chocolate (NdT: bombom de origem austríaca).
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