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Meio século de libertação animal não é suficiente

MELBOURNE – Há cinquenta anos, o meu primeiro artigo onde argumento que é errado tratar os animais como nós os tratamos foi publicado na revista The New York Review of Books. Dois anos depois, o meu livro Libertação Animal foi publicado e considerado, posteriormente, o acionador do movimento moderno pelos direitos dos animais.

O livro Libertação Animal contém argumentos éticos e descrições factuais do que fazemos aos animais. Os argumentos éticos resistiram bem a quase 50 anos de debates. Perspetivas semelhantes são agora apoiadas por muitos filósofos, inclusive por aqueles que têm pontos de vista muito diferentes da minha própria posição utilitarista: Christine Korsgaard, uma kantiana; filósofas feministas como Carol Adams, Alice Crary e Lori Gruen; Mark Rowlands, que adota uma perspetiva dos direitos dos animais a partir de um contrato social; e Martha Nussbaum, que se aproxima mais de Aristóteles.

Por outro lado, as descrições factuais que se encontram no livro Libertação Animal sobre o que fazemos aos animais, há muito que deixaram de captar com precisão as condições atuais. Por isso, há 18 meses, iniciei uma atualização e revisão completa do livro, que será publicado este mês com o título Animal Liberation Now [Libertação Animal, agora!].

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