

From semiconductors to electric vehicles, governments are identifying the strategic industries of the future and intervening to support them – abandoning decades of neoliberal orthodoxy in the process. Are industrial policies the key to tackling twenty-first-century economic challenges or a recipe for market distortions and lower efficiency?
JOANESBURGO – No dia 2 de Janeiro, os sul-africanos acordaram com a notícia de que o edifício do parlamento nacional estava a arder. Poucos dias depois, foi publicado um relatório com 800 páginas que detalhava a corrupção desenfreada e a má governação na África do Sul. A seguir, foram despedaçadas várias portas e janelas em vidro no Tribunal Constitucional. Foi um início de ano nefasto para um país que ainda chora a perda da sua “bússola moral”, o arcebispo Desmond Tutu.
O relatório (o primeiro de três que se esperam da Comissão Judicial de Inquérito sobre Alegações de Captura do Estado, conhecida como Comissão Zondo, devido ao seu presidente, o Juiz Raymond Zondo) confirmou o que há muito se suspeitava: a captura do estado é galopante na África do Sul. A corrupção política sistémica beneficiou, por exemplo, a influente família Gupta, além de uma série de facilitadores na função pública e nos ministérios do país.
O relatório revela padrões de abuso em quase todas as fases dos processos públicos de aquisição. Quando os profissionais de departamentos governamentais ou de empresas estatais resistiam, eram substituídos por funcionários mais obedientes. Na perspectiva da comissão, a África do Sul precisa de uma agência anticorrupção independente, que possa cumprir as suas funções sem receios nem favorecimentos.
To continue reading, register now.
Subscribe now for unlimited access to everything PS has to offer.
Subscribe
As a registered user, you can enjoy more PS content every month – for free.
Register
Already have an account? Log in