px2178c.jpg Pedro Molina

Os Males de Obama no Médio Oriente

PARIS – Assim que o Presidente Americano Barack Obama saudou o regresso das tropas Americanas do Iraque e elogiou a estabilidade e democracia nesse país, uma onda de violência sem precedentes – em Bagdad e noutros locais – revelou a severidade da crise política Iraquiana. Será essa crise uma excepção infeliz, ou, antes, um sintoma do falhanço da diplomacia de Obama para o Médio Oriente, do Egipto ao Afeganistão?

Ao tomar posse, Obama definiu quatro objectivos para o Médio Oriente: estabilizar o Iraque antes de o deixar; retirar do Afeganistão numa posição de força e baseado numa convergência política mínima com o Paquistão; conseguir um avanço importante no processo de paz do Médio Oriente, obrigando o Primeiro-Ministro Israelita Binyamin Netanyahu a parar com a criação de colonatos; e encetar um diálogo com o Irão sobre o futuro do seu programa nuclear. Relativamente a estes quatro temas principais, Obama claramente conseguiu muito pouco.

Relativamente ao Iraque, desde a presidência de George W. Bush, os Estados Unidos têm tentado exercer uma influência moderadora no poder Xiita, para que o país possa criar um sistema político mais inclusivo – especificamente, fazendo aprovar uma nova lei sobre a partilha dos lucros da exportação do petróleo entre as comunidades Xiitas, Sunitas e Curdas. Infelizmente, foi precisamente o oposto que aconteceu.

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