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Economistas reconsideram a política industrial

CAMBRIDGE – À medida que legisladores no mundo todo embarcam na política industrial em busca de uma série ampla de objetivos - resiliência da cadeia de abastecimento, tecnologias verdes, vantagem geopolítica, bons empregos -, o debate sobre sua eficácia está chegando ao ponto mais alto. Tipicamente, esse debate é retratado como um em que a economia sensata sem dúvida está do lado dos céticos. “Há um robusto argumento para não se usar política industrial na economia”, entoou um comentário recente, e adotá-la “só gasta dinheiro e distorce a economia”.

Mas essa é uma visão cada vez mais datada. Ainda que em termos gerais seja verdade que os economistas mais conhecidos tenham respondido à política econômica industrial com uma hostilidade automática desde no mínimo a década de 70, as coisas vêm mudando depressa, graças a novos estudos acadêmicos menos guiados por hostilidade ideológica à intervenção pública e mais fundamentados em métodos empíricos rigorosos.

Essa safra recente de estudos oferece evidências mais confiáveis sobre como a política industrial funciona de fato, melhorando a qualidade dos debates que no passado lançavam mais sombras do que luz no assunto. Além disso, a compreensão mais complexa e contextual de tais políticas econômicas gera uma análise geralmente mais positiva.

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