Men work on laptops Adam Berry/Getty Images

Combater a cibercriminalidade com a neurodiversidade

LONDRES — A cibersegurança é um dos principais desafios da era digital. Todos, desde famílias, empresas e governos, têm uma participação na protecção do bem mais valioso da nossa época: os dados. A questão é saber como alcançar este objectivo.

A dimensão do desafio não deve ser subestimada. Num contexto em que os atacantes se revelam cada vez mais ágeis e inovadores, equipados armas cada vez mais diversificadas, os ciberataques ocorrem a um ritmo mais rápido e com um nível de sofisticação mais elevado do que nunca. A equipa de segurança da minha empresa, a BT (operador de rede e prestador de serviços de Internet), detecta diariamente 100 000 amostras de malware, ou seja, mais do que 1 por segundo.

O pensamento criativo dos atacantes cibernéticos exige o pensamento criativo por parte daqueles que os combatem. Neste ponto, o primeiro passo consiste em assegurar a existência de um número suficiente de indivíduos com talento e formação, empenhados no combate a estes crimes. Afinal de contas, segundo um inquérito efectuado recentemente pela International Data Corporation, 97% das organizações manifestam preocupações quanto às suas competências em matéria de segurança. Um outro estudo levado a cabo em 2002 estima que haverá 1,8 milhões postos de trabalho não ocupados no sector da cibersegurança.

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