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As parteiras fazem nascer vidas

TORONTO – As últimas décadas trouxeram progressos incríveis para a saúde das mulheres e das crianças. Desde 1990, as mortes evitáveis de crianças diminuíram cerca de 50% e a mortalidade materna teve um decréscimo de cerca de 45%. Mas um número demasiado elevado de mães e recém-nascidos continua a morrer de causas evitáveis. Com acesso a parteiras qualificadas, muitas das suas vidas poderiam ser salvas.

Todos os anos, um milhão de crianças, em média, ainda morrem no seu primeiro dia de vida; mais de um milhão de bebés são nados-mortos; e mais de 300 mil mães morrem durante a gravidez e o parto – números da mortalidade que ultrapassam o número total de habitantes da Namíbia. A maioria destas mortes – 56%, mais precisamente – é evitável.

Se todas as mulheres tivessem acesso a uma parteira durante a gravidez e o trabalho de parto, já para não falar de instalações equipadas para prestar cuidados básicos de emergência, um milhão de vidas seriam salvas todos os anos. E, apesar disso, a obstetrícia ainda é cronicamente negligenciada e subfinanciada pelos governos e comunidades ao redor do mundo.

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