MADRID - O alvoroço em torno da concessão de asilo político por parte do Equador ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, encapotou inconsistências enormes. Apenas através da sua análise poderemos entender o que está verdadeiramente em causa neste caso.
Para começar, um governo com um registro duvidoso em matéria de liberdade em geral e de liberdade de imprensa em particular, está a acenar a bandeira do Estado de direito e do respeito pela liberdade de expressão enquanto lança dúvidas sobre a Suécia, um país que lidera o mundo em termos do respeito das garantias processuais e do direito internacional.
E isto não é tudo. O chefe da equipa de advogados de Assange, Baltasar Garzón, tem sido um defensor fervoroso da interpretação mais restrita de asilo político, tendo obtido prestígio internacional com o êxito do pedido de extradição do ditador chileno Augusto Pinochet. Agora, porém, está a defender exactamente o oposto.
MADRID - O alvoroço em torno da concessão de asilo político por parte do Equador ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, encapotou inconsistências enormes. Apenas através da sua análise poderemos entender o que está verdadeiramente em causa neste caso.
Para começar, um governo com um registro duvidoso em matéria de liberdade em geral e de liberdade de imprensa em particular, está a acenar a bandeira do Estado de direito e do respeito pela liberdade de expressão enquanto lança dúvidas sobre a Suécia, um país que lidera o mundo em termos do respeito das garantias processuais e do direito internacional.
E isto não é tudo. O chefe da equipa de advogados de Assange, Baltasar Garzón, tem sido um defensor fervoroso da interpretação mais restrita de asilo político, tendo obtido prestígio internacional com o êxito do pedido de extradição do ditador chileno Augusto Pinochet. Agora, porém, está a defender exactamente o oposto.