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O comércio internacional enfraquece ou fortalece a resiliência dos países?

ATENAS - As maiores economias foram afetadas por novos problemas no ano passado. Os Estados Unidos estão lutando com bloqueios na cadeia de abastecimento e com uma escassez crítica de fórmula infantil. A União Europeia enfrenta a ameaça de suprimentos escassos de energia, em função de sanções às exportações russas de combustíveis fósseis. E quase todos os países estão experimentando inflação elevada.

Alguns têm dito que a culpa desses problemas é da dependência excessiva do comércio internacional, ou seja, da globalização. Desglobalização, fragmentação, repatriamento, friend-shoring(limitar o comércio a países de confiança), dissociação e resiliência estão se tornando palavras da moda familiares hoje. Há um sentimento generalizado de que países individuais teriam sido menos expostos a choques recentes se tivessem sido mais autossuficientes.

O argumento vai além de notar que as cadeias de abastecimento geram retornos decrescentes para empresas privadas. As políticas governamentais que economistas rotulam de protecionistas vêm ganhando apoio político - a começar, note-se, pela guerra comercial do então presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018. A impressão é que as barreiras comerciais podem ajudar a proteger todos nós.

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