eichengreen130_PATRICIADEMELOMOREIRAAFPGettyImages_lagardeprofileatbusinesstable Patricia De Melo Moreira/AFP/Getty Images

A governadora de banco central de que a Europa necessita

CAMBRIDGE – A escolha da directora executiva do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, para suceder a Mario Draghi como a próxima presidente do Banco Central Europeu surpreendeu a maioria dos observadores. Agora, os críticos estão a recuperar o tempo perdido. Alguns comentadores referem que a Lagarde falta experiência como responsável de um banco central. Outros queixam-se por ela não possuir um diploma avançado em economia.

O Politicorelata que “a fortemente unida fraternidade dos responsáveis pelos bancos centrais… está horrorizada”. Não é claro que isto se trate de um exagero, dada a falta de provas. Mas se a fraternidade dos responsáveis pelos bancos centrais está realmente com dúvidas, será importante considerar os seus argumentos.

Como membro encartado da profissão de economista, poder-se-ia esperar que eu me juntasse a quem critica a falta de um doutoramento a Lagarde. Não existem dúvidas que, em igualdade de circunstâncias, a formação técnica ajuda. Com o desenvolvimento dos mercados financeiros de alta tecnologia, a condução da política monetária tornou-se cada vez mais complexa.

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