kanem2_ Jonathan Torgovnik for The Hewlett Foundation_Reportage by Getty Images  Jonathan Torgovnik for The Hewlett Foundation/Reportage by Getty Images

Os benefícios económicos do planeamento familiar

NOVA IORQUE – A decisão de constituir família é uma das escolhas mais importantes que uma pessoa pode fazer. É, também, um direito humano fundamental; apenas as pessoas adultas deveriam ter o poder de decidir quando ou quantas vezes querem gerar uma vida. E, no entanto, para milhões de pessoas em todo o mundo, esse direito continua por cumprir.

Mais de 200 milhões de mulheres dos países em desenvolvimento que querem adiar ou evitar uma gravidez, não usam métodos contracetivos modernos. As mulheres pobres, com menos instrução ou que vivem em zonas rurais podem defrontar significativas barreiras económicas, culturais e institucionais ao controlo de natalidade e muitas vezes recorrem a métodos perigosos de prevenção de gravidez, impelidas pelo desespero. Se as mulheres tivessem acesso universal a informações e serviços relacionados com o planeamento familiar voluntário, a mortalidade materna poderia ser reduzida em até três quartos e a mortalidade infantil em até um quinto.

Mas o planeamento familiar faz mais do que salvar vidas; também poupa dinheiro. Por cada dólar investido em serviços de saúde reprodutiva, são economizados 2,20 dólares em custos com cuidados de saúde relacionados com as gravidezes. Além disso, quanto mais tempo uma mulher espera para ter filhos, mais tempo ela pode participar no mercado de trabalho remunerado, alavancado assim a saúde económica e a prosperidade das comunidades pobres.

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