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O acordo do FMI com a Argentina pode ser um divisor de águas

NOVA YORK –  Um novo projeto de acordo entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional evitou a austeridade. Aguardando aprovação do Congresso da Argentina e do conselho do FMI, esse acordo permitirá que a economia argentina cresça enquanto o governo continua seus esforços para diminuir a pobreza e gradualmente reduzir a inflação. Com tantos países enfrentando problemas de dívida devido à pandemia, o FMI precisará adotar mudanças semelhantes em suas políticas em outros lugares.

É notório que o velho modelo de austeridade não funciona. Não só faz com que a economia se contraia e inflija excessivo sofrimento à população, como também não consegue cumprir nem mesmo os limitados objetivos de reduzir os déficits e aumentar a capacidade de um país de pagar seus credores.

Defensores da austeridade reivindicaram sucesso em alguns países. Mas essas eram economias pequenas com a sorte de ter parceiros comerciais que estavam desfrutando de um boom na época em que a austeridade estava sendo implementada. Esses efeitos positivos compensaram os cortes nos gastos públicos, mas essas mesmas economias poderiam ter crescido ainda mais se não tivessem adotado políticas de austeridade ao estilo Herbert Hoover.

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