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Colocando a dívida da América em seu lugar

BERKELEY - O tumulto nos Estados Unidos sobre o teto da dívida federal está redirecionando a atenção para o aumento do endividamento público. Contra o pano de fundo do aperto monetário pelo Federal Reserve, acumular mais dívidas tem reforçado a preocupação com o crescimento explosivo das obrigações de juros do governo.

É uma narrativa aterrorizante, impregnada de crise iminente. O único problema é que praticamente todos os elementos dela estão errados.

Em primeiro lugar, a dívida pública não está crescendo. O Gabinete Orçamentário do Congresso prevê que a dívida pública passará de pouco menos de 100% do PIB em 2022 para pouco mais de 110% em 2033. Embora valha a pena conferir, esse aumento não é catastrófico de modo algum. E embora o GOC veja a proporção da dívida, alimentada pelas despesas com títulos, aumentando mais depressa depois disso, há problemas mais importantes para enfrentar hoje do que o que acontece depois de 2033.

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