Angus Deaton, the 2015 Nobel laureate in economics, is Professor Emeritus of Economics and International Affairs at the Princeton School of Public and International Affairs and Presidential Professor of Economics at the University of Southern California. He is the co-author of Deaths of Despair and the Future of Capitalism, Princeton University Press, 2020.
MADRID —A ajuda internacional ao desenvolvimento baseia-se no princípio de Robin dos Bosques: tirar aos ricos para dar aos pobres. Com base neste princípio, as agências nacionais de desenvolvimento, as organizações multilaterais e as ONG transferem actualmente mais de 135 mil milhões de dólares por ano dos países ricos para países os pobres.
Um termo mais formal para o princípio Robin dos Bosques é «prioritarianismo cosmopolita", uma regra ética segundo a qual devemos considerar todas as pessoas de igual forma no mundo, independentemente do local onde se encontram, e então concentrar a ajuda onde os seus efeitos serão mais positivos. As pessoas que têm menos têm prioridade em relação às que têm mais. Este princípio orienta implícita ou explicitamente a ajuda ao desenvolvimento económico, à saúde e a situações de emergência humanitária.
À primeira vista, o prioritarianismo cosmopolita faz sentido. Nos países pobres as pessoas têm necessidades mais prementes e os níveis de preços são muito inferiores do que nos países ricos, pelo que o poder de compra de um determinado montante em euros ou em dólares é multiplicado por dois ou por três se for gasto num país pobre. Por outras palavras, gastar num país rico é não menos rentável, como também beneficia aqueles que já têm muito (pelo menos em comparação com os países pobres) e, por conseguinte, é menos útil.
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