Mehari Taddele Maru is an adjunct professor at the Migration Policy Center of the European University Institute’s Robert Schuman Center for Advanced Studies and Academic Coordinator of the Young African Leaders Program at the EUI’s School of Transnational Governance.
FLORENÇA – Numa entrevista recente, o presidente ruandês Paul Kagame defendeu que o novo governo do Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas deveriam tomar a iniciativa de resolver a violência e as privações na região etíope de Tigré. Kagame descreveu a situação nessa zona como sendo preocupante, e disse que o número de mortes era demasiado elevado para que o conflito fosse deixado apenas à gestão da Etiópia ou da União Africana. Como presidente de um país que ainda lida com as consequências do genocídio de 1994 contra a sua população Tutsi, Kagame goza de autoridade considerável neste campo, e merece ser ouvido.
Existem cinco motivos pelos quais é necessária uma acção imediata do Conselho de Segurança relativamente a Tigré.
Primeiro, a provável presença de forças armadas da Eritreia em Tigré faz desta guerra um conflito simultaneamente civil e internacional, sendo por isso da competência da ONU. As tropas eritreias estiveram implicadas em chacinas e no regresso forçado de refugiados eritreus, nomeadamente devido ao incêndio dos campos de refugiados de Shimelba e Hitsats. Entre 15 000 a 20 000 refugiados eritreus estão desaparecidos, segundo o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
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