hoyer8_LUDOVIC MARINPOOLAFP via Getty Images_eu au LUDOVIC MARIN/POOL/AFP via Getty Images

Intensificar a parceria entre a UE e África

BRUXELAS – Lar de mais de mil milhões de pessoas, África pode-se gabar de ter a classe média mais jovem e de crescimento mais rápido do mundo. Com uma idade média de 14 anos mais jovem do que qualquer outro continente, África está à beira de uma profunda transformação política, económica e social. Cerca de 20 milhões de candidatos a emprego entram no mercado de trabalho todos os anos na África Subsariana. Se estes jovens puderem ser integrados na economia, poderão contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento e crescimento da região.

Para ajudar África a concretizar este dividendo demográfico, as instituições financeiras e os bancos de desenvolvimento têm de investir na transformação que se aproxima. Isso significa promover o setor privado – o motor da criação de empregos – e mudar a forma como agimos.

Em todas as áreas de desenvolvimento económico, investir no futuro de África representa um panorama em que todos ganham, porque muitos dos maiores desafios do continente são, na verdade, problemas mundiais que afetarão a todos nós. A COVID-19 deixou isso bem claro, dando um alerta sobre o que nos espera numa era de alterações climáticas. Para que a Europa evite os piores efeitos do aquecimento global, ela tem de se envolver com outros países, em todo o lado, para ajudá-los a alcançarem a sustentabilidade e a resiliência climática.

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