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Construir rumo ao futuro com a agricultura digital

CAMBRIDGE/ROME – A pandemia de COVID-19 está a reformular as sociedades em todo o mundo, em parte através da aceleração da revolução digital que já estava em curso no início do ano. Desde então, as empresas instituíram o teletrabalho de forma massiva. As reuniões internacionais agora têm lugar online, com chefes de estado e líderes do setor industrial a participar a partir de casa. Os alunos aprendem à distância e os pagamentos digitais estão a substituir cada vez mais os pagamentos em dinheiro.

Mas com a tecnologia a influenciar as nossas vidas mais do que nunca, existe o risco de ela se espalhar de forma desigual, reforçando as desigualdades existentes e deixando as pessoas mais pobres do mundo para trás. Isso não é inevitável. As tecnologias digitais podem ajudar a acabar com a pobreza e a fome mundiais mais rapidamente, inclusive nas áreas rurais dos países em desenvolvimento, onde a maioria das pessoas ganha a vida com a agricultura.

A agricultura digital – na qual os agricultores usam telemóveis e outras tecnologias digitais para acederem a informações agrícolas personalizadas e úteis em tempo real – poderia revolucionar a maneira como essas comunidades protegem e melhoram os seus meios de subsistência. Ao fazermos hoje os investimentos certos, enquanto muitos agentes de extensão agrícola estão impedidos de visitar os agricultores pessoalmente, podemos impulsionar a adoção digital e começar a fechar a lacuna de rendimento que há muito retém as áreas rurais.

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