CAIRO – A súbita e quase sincronizada articulação da maioria dos principais bancos centrais do mundo no aumento das taxas de juro enfatizou o compromisso entre crescimento e inflação que a maioria dos países enfrenta atualmente. Mas deu lugar a outro desafio macroeconómico significativo – a tarefa hercúlea de equilibrar a sustentabilidade da dívida com a mitigação e adaptação às alterações climáticas. O desafio é especialmente extraordinário no Sul Global, onde o custo crescente do serviço da dívida externa reduziu o espaço fiscal dos países e a capacidade de levar por diante ações climáticas.
O aquecimento global está a intensificar-se e as suas repercussões negativas são sentidas de forma desproporcional nas economias de baixo rendimento e vulneráveis ao clima. Embora esses países tenham contribuído menos para a iminente catástrofe climática, encontram-se na linha da frente de uma crise que, ao aumentar a frequência e a probabilidade de grandes contrações económicas, representa um grande risco de desenvolvimento a longo prazo. Por exemplo, os custos económicos e sociais das inundações sofridas pelo Paquistão em 2022 resultaram numa perda de produção estimada de 2,2% do PIB.
À medida que o aperto monetário agressivo empurra mais países em desenvolvimento para ou perto do sobre-endividamento, fazer face às alterações climáticas torna-se ainda mais assustador. Felizmente, surgiram soluções financeiras inovadoras baseadas na natureza que podem ajudar a evitar crises climáticas e de dívida. As trocas de dívida por natureza, por exemplo, permitem que os países reestruturem as suas dívidas com uma taxa de juro mais baixa ou vencimento mais longo, com as verbas a serem canalizadas para projetos de redução de carbono.
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While China was an early mover in regulating generative AI, it is also highly supportive of the technology and the companies developing it. Chinese AI firms might even have a competitive advantage over their American and European counterparts, which are facing strong regulatory headwinds and proliferating legal challenges.
thinks the rules governing generative artificial intelligence give domestic firms a competitive advantage.
After years in the political wilderness, the UK Labour Party is now far ahead in opinion polls, with sensible plans for improving the country's economic performance. But to translate promises into results, any future government will have to do something about the elephant in the room: chronic under-investment.
explains what it will take for any political party to restore hope in the country's long-term economic future.
CAIRO – A súbita e quase sincronizada articulação da maioria dos principais bancos centrais do mundo no aumento das taxas de juro enfatizou o compromisso entre crescimento e inflação que a maioria dos países enfrenta atualmente. Mas deu lugar a outro desafio macroeconómico significativo – a tarefa hercúlea de equilibrar a sustentabilidade da dívida com a mitigação e adaptação às alterações climáticas. O desafio é especialmente extraordinário no Sul Global, onde o custo crescente do serviço da dívida externa reduziu o espaço fiscal dos países e a capacidade de levar por diante ações climáticas.
O aquecimento global está a intensificar-se e as suas repercussões negativas são sentidas de forma desproporcional nas economias de baixo rendimento e vulneráveis ao clima. Embora esses países tenham contribuído menos para a iminente catástrofe climática, encontram-se na linha da frente de uma crise que, ao aumentar a frequência e a probabilidade de grandes contrações económicas, representa um grande risco de desenvolvimento a longo prazo. Por exemplo, os custos económicos e sociais das inundações sofridas pelo Paquistão em 2022 resultaram numa perda de produção estimada de 2,2% do PIB.
À medida que o aperto monetário agressivo empurra mais países em desenvolvimento para ou perto do sobre-endividamento, fazer face às alterações climáticas torna-se ainda mais assustador. Felizmente, surgiram soluções financeiras inovadoras baseadas na natureza que podem ajudar a evitar crises climáticas e de dívida. As trocas de dívida por natureza, por exemplo, permitem que os países reestruturem as suas dívidas com uma taxa de juro mais baixa ou vencimento mais longo, com as verbas a serem canalizadas para projetos de redução de carbono.
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