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Evitar uma crise securitária da COVID-19 em África

KIGALI, RUANDA – Há quem tenha descrito a crise da COVID-19 como um “grande equalizador”. Afinal, invadiu as economias mais ricas do mundo, e o vírus infectou algumas das suas figuras mais proeminentes, desde políticos como o primeiro-ministro Boris Johnson até elementos da realeza de Hollywood como Tom Hanks. Mas os países em desenvolvimento, especialmente os mais desfavorecidos nesses países, permanecem muito mais vulneráveis que os seus homólogos dos países mais desenvolvidos, não apenas às consequências sanitárias da pandemia, mas também à insegurança – e à instabilidade – decorrentes da resposta.

Até agora, as medidas mais eficazes para limitar a propagação da COVID-19 são as restrições a viagens, as regras do distanciamento físico e a quarentena total, nos casos aplicáveis. Mas a sua implementação rápida é essencial.

Vimos isso nalguns países africanos, como o Ruanda, onde o governo suspendeu todos os voos de passageiros durante 30 dias depois de confirmados apenas 11 casos do vírus, e seguidamente colocou todo o país em confinamento durante 28 dias. O vizinho Uganda seguiu-o brevemente, juntamente com a Nigéria, a África do Sul e a Etiópia, entre outros.

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