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Em defesa da diplomacia para a saúde global

BOSTON – Uma das características das políticas externas eficazes é que se processem nos bastidores, de uma forma que não seja exaltada nem especialmente visível. Os governos têm de abordar urgentemente uma abordagem desse tipo para estancar o pânico global crescente causado pelo surto do coronavírus, que até agora já matou mais de 1.300 pessoas e infectou para cima de 63.000.

Embora todas as mortes e casos confirmados se tenham detectado até à data na China continental, o vírus alastrou a mais de duas dúzias de países. A Organização Mundial de Saúde declarou recentemente o surto como uma emergência sanitária global.

De momento, reina o pânico. As empresas tecnológicas globais como a Google, a Apple, a Facebook, e a Tesla suspenderam temporariamente a sua actividade na China e pediram aos seus funcionários que trabalhassem a partir de casa. Muitas companhias aéreas, construtores de automóveis, cadeias de retalho e entretenimento e instituições financeiras estrangeiras tomaram medidas semelhantes. E, nos Estados Unidos, os asiaticó-americanos e os estudantes dos países asiáticos enfrentam uma onda de comentários xenófobos sobre a sua alimentação, a sua cultura e o seu modo de vida.

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