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O que três economistas nos ensinaram sobre regimes monetários

CAMBRIDGE – Uma geração de grandes economistas internacionais está a sair de cena. Richard Cooperfaleceu no dia 23 de dezembro, Robert Mundell no dia 4 de abril e John Williamson no dia 11 de abril.

Todos eles deram contribuições importantes numa variedade de tópicos e criaram termos memoráveis que continuam a ser utilizados, embora nem sempre no sentido originalmente pretendido. Mais especificamente, todos os três desempenharam um papel no debate que está em curso sobre os mecanismos monetários ideais. Todos estavam insatisfeitos com o sistema de taxas de câmbio flutuantes determinadas pelo mercado e as reformas propostas. Os bancos centrais devem fixar as taxas de câmbio ou mesmo abandonar totalmente as moedas independentes, à semelhança do que fizeram os membros da zona euro? Ou deveriam fazer outra coisa?

Williamson liderou a fação “outra coisa”. Ele defendeu regimes de taxas de câmbio intermédios que proporcionam mais flexibilidade do que as taxas fixas, mas mais estabilidade do que as taxas flutuantes. Um desses regimes, o “crawling peg” (desvalorização deslizante), termo que ele criou, provou ser especialmente popular na América Latina na década de 1980 e no início da década de 1990. Ao abrigo deste acordo, os países decidem viver com a inflação, empreendendo minidesvalorizações mensais que mantêm os seus produtores com preços competitivos a nível internacional.

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