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Enfrentará a China uma revolução de expectativas crescentes?

ZURIQUE – Durante mais de uma década, a China foi responsável por um quarto, ou mais, do crescimento económico global. Com a sua economia a navegar actualmente por mares revoltos, a questão reside em saber se este desempenho impressionante continuará.

As Cassandras que apontam para a possibilidade de um abrandamento do crescimento chinês invocam regularmente o espectro da armadilha do rendimento médio. Agora que a China já não é pobre, alertam, as taxas de crescimento diminuirão, tal como aconteceu em quase todos os países que atingiram o mesmo nível de rendimentos. O crescimento é dificultado, observam, quando deixa de poder basear-se na acumulação pura e simples de capital. Agora, tem de basear-se na inovação, que é difícil de promover numa economia que ainda é dirigida centralmente.

Depois existe o pesado endividamento do sector empresarial. Uma diminuição dos resultados poderia tornar insustentáveis muitas destas dívidas. Independentemente das consequências serem incumprimentos em série ou uma enxurrada de resgates que transfiram a responsabilidade para o governo, o resultado enfraqueceria as finanças do país e minaria a confiança dos investidores.

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