CAMBRIDGE – Duas agendas concorrentes estão disputando hoje quem bola as políticas econômicas interna e externa dos Estados Unidos. Uma agenda tem o olhar voltado para dentro, focando na criação de uma economia americana inclusiva, resiliente, próspera e sustentável. A outra foca na geopolítica e em manter a supremacia americana sobre a China. O futuro da economia mundial depende do resultado deste conflito e da possibilidade de coexistência dessas prioridades opostas.
O governo do presidente americano, Joe Biden, representa uma ruptura radical com gestões democratas anteriores, buscando políticas industriais ambiciosas para reanimar a produção doméstica e facilitar a transição verde. Ele também tem adotado uma postura mais dura em relação à China do que qualquer outro governo, inclusive o do ex-presidente Donald Trump, tratando o regime chinês como adversário e impondo controles de exportações e investimentos em tecnologias críticas.
Até recentemente, contudo, o governo Biden não tinha articulado uma visão coerente que combinasse esses vários elementos e reassegurasse aos outros países, inclusive a China, de que sua estratégia econômica não é centralizada em confronto, unilateralismo e protecionismo. Mas declarações recentes da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, e do assessor de segurança nacional Jake Sullivan, indicam que o governo está dando passos agora no sentido de abordar essa questão, possivelmente sinalizando a emergência de um novo Consenso de Washington.
CAMBRIDGE – Duas agendas concorrentes estão disputando hoje quem bola as políticas econômicas interna e externa dos Estados Unidos. Uma agenda tem o olhar voltado para dentro, focando na criação de uma economia americana inclusiva, resiliente, próspera e sustentável. A outra foca na geopolítica e em manter a supremacia americana sobre a China. O futuro da economia mundial depende do resultado deste conflito e da possibilidade de coexistência dessas prioridades opostas.
O governo do presidente americano, Joe Biden, representa uma ruptura radical com gestões democratas anteriores, buscando políticas industriais ambiciosas para reanimar a produção doméstica e facilitar a transição verde. Ele também tem adotado uma postura mais dura em relação à China do que qualquer outro governo, inclusive o do ex-presidente Donald Trump, tratando o regime chinês como adversário e impondo controles de exportações e investimentos em tecnologias críticas.
Até recentemente, contudo, o governo Biden não tinha articulado uma visão coerente que combinasse esses vários elementos e reassegurasse aos outros países, inclusive a China, de que sua estratégia econômica não é centralizada em confronto, unilateralismo e protecionismo. Mas declarações recentes da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, e do assessor de segurança nacional Jake Sullivan, indicam que o governo está dando passos agora no sentido de abordar essa questão, possivelmente sinalizando a emergência de um novo Consenso de Washington.